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Internacionalmente, o Brasil é conhecido pela sua matriz elétrica majoritariamente renovável. Isso se deve, principalmente, às volumosas bacias hidrográficas presentes no território brasileiro, o que permite a abundante exploração da energia hídrica para a geração de energia elétrica. Outras fontes renováveis também contribuem, em menor parcela, como a biomassa, a energia solar e a energia eólica. Juntas, as fontes renováveis representaram cerca de 78,1% da matriz elétrica de nosso país em 2021, segundo o levantamento do Ministério de Minas e Energia de 2022 (para acessá-lo, clique aqui).
Esses resultados mostram que o Brasil, diferentemente de boa parte dos demais países, não é dependente de fontes não renováveis para a geração de energia elétrica – o que é extremamente positivo, considerando que essas fontes estão disponíveis em estoques limitados, o que significa que, em um cenário breve, poderão ser esgotadas e prejudicar o setor elétrico mundial. Outro fator positivo é a menor emissão de gases poluentes na atmosfera, já que boa parte das fontes renováveis não depende da combustão para serem utilizadas (com exceção da biomassa). No entanto, mesmo reconhecendo os benefícios listados, não podemos omitir os impactos ambientais provocados pelo uso das fontes renováveis no setor elétrico – uma vez que todas elas provocam impactos de diferentes naturezas, em maior ou menor proporção.
Tomemos como exemplo o uso da energia hídrica. Essa fonte consiste no movimento da água de rios e lagos, o que, não necessariamente, seria responsável por provocar impactos, certo? Contudo, para que seja utilizada no setor elétrico, faz-se necessária a construção de usinas hidrelétricas, o que inevitavelmente traz prejuízos ao ecossistema onde será instalada (como abordados anteriormente, nesta publicação).
Buscando minimizar tais impactos, o Brasil tem buscado investir em outras fontes energéticas, para apresentarem maior representatividade em sua matriz elétrica, como é o caso da energia solar. Considerada uma energia limpa, ela tem recebido maiores investimentos do país (para saber mais, clique aqui) devido a sua eficiência energética e à facilidade de uso, pois depende da instalação de painéis fotovoltaicos em áreas que recebem alta incidência solar ao longo do dia e do ano. Logicamente, o uso da energia solar não está isento de impactos, tampouco é capaz de suprir as demandas do país (ao depender das condições climáticas para tal), mas ela parece ser uma boa alternativa para compor a matriz brasileira e de outros países.
Referências:
[1] BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Resenha Energética Brasileira: Ano Base 2021. MME, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/mme/pt-br/assuntos/secretarias/spe/publicacoes/resenha-energetica-brasileira/resenhas/resenha-energetica-2022.pdf/view. Acesso em: 13 abr. 2023.
[2] BORGES, A. Brasil entra no ranking dos dez maiores países com energia solar do mundo. UOL, 2023. Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2023/03/21/brasil-entra-no-ranking-dos-dez-maiores-paises-com-energia-solar-do-mundo.htm. Acesso em: 13 abr. 2023.